Corrigir é Amar

Corrigir um filho não é uma tarefa opcional, mas uma missão intransferível dos pais. Quando deixamos de corrigir, deixamos também de educar. A correção é, antes de tudo, um ato profundo de amor, que demonstra cuidado, zelo e responsabilidade. Pais que amam verdadeiramente não se omitem diante dos erros dos filhos, mas se colocam como guias firmes no caminho da verdade, da virtude e do bem.

Mas para que essa correção seja eficaz e realmente formativa, é preciso ter clareza do que corrigir e como corrigir. Não se trata de agir no impulso, nem de corrigir tudo sem critério, mas de possuir um repertório claro de princípios, valores e comportamentos que queremos cultivar em nossos filhos. Isso traz segurança aos pais, porque sabem exatamente o que estão fazendo e por quê.

Se não sabemos exatamente o que queremos formar, nos tornamos pais inseguros, que oscilam entre a permissividade e o autoritarismo. Por isso, é fundamental conhecer os desvios de conduta que não podem ser ignorados: desobediência, grosseria, preguiça, falta de respeito, mentira, entre outros. Cada vez que deixamos de corrigir um desses comportamentos, estamos permitindo que nossos filhos se desviem do caminho que os conduzirá à maturidade, à responsabilidade e ao bem viver.

Corrigir não é brigar, humilhar ou punir desnecessariamente. Corrigir é ensinar. É olhar nos olhos, falar com firmeza, orientar, muitas vezes exigir, e sempre acompanhar. E essa constância na correção é que dá aos filhos a segurança de que são amados, cuidados e que existe alguém que se importa profundamente com quem eles estão se tornando.

Portanto, não sejamos pais inseguros, omissos ou temerosos. A omissão hoje gera adultos inseguros, perdidos e sem direção amanhã. Corrigir é amar, e amar é educar com firmeza, clareza e constância. Que tenhamos a coragem de exercer essa missão todos os dias, certos de que a boa formação de nossos filhos é o maior presente que podemos entregar a eles — e ao mundo.